Livro impresso ou digital? Veja quando compensa investir em um e-reader para usar na quarentena

13 de abril de 2020

 Foto: Emmanuel Dunand / AFP PHOTO

Assinado por:  Camilla Muniz

Títulos no meio digital custam em média 20% menos

RIO - Ler pode ser uma boa arma contra o tédio durante o período de quarentena provocada pela pandemia do novo coronavírus. Entre livros impressos e digitais, qual é a melhor opção de compra para o bolso nesses tempos que também exigem resguardo financeiro? Embora os e-books sejam, em média, 20% mais baratos do que as obras físicas, não adianta só comparar preços para tomar uma decisão, já que o perfil do leitor faz toda a diferença nas contas. Segundo o professor de Produção Editorial Mário Feijó, da Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), para quem lê, mais ou menos, quatro livros por ano — como o leitor brasileiro comum —, fica mais em conta investir no papel. Já leitores vorazes, cujo consumo ultrapassa dez livros por ano, devem dar preferência à aquisição de e-books junto com um e-reader, dispositivo eletrônico dedicado à leitura, para economizar.

— Os e-readers têm tecnologias que tentam, ao máximo, reproduzir a experiência de leitura no papel, sem prejudicar a qualidade do sono e comprometer a saúde dos olhos. Além disso, permitem que o usuário carregue uma biblioteca portátil em um único aparelho. Entretanto, se a pessoa consome poucos livros por ano, o investimento no e-reader não compensa — afirma Feijó.

Em geral, as obras digitais são vendidas a preços mais baixos do que as impressas devido ao menor custo para distribuição e armazenamento. Ainda assim, as edições de bolso tendem a ser as opções mais econômicas oferecidas pelo mercado ao consumidor. Fatores como tamanho, tipo de capa (brochura ou dura), qualidade do papel, acabamentos e presença de ilustrações impactam o valor cobrado pelos livros físicos.

— Meu filho me apresentou os e-books recentemente. Além de custarem menos que os impressos, alguns são 0800. Verdadeiras bibliotecas digitais na palma da mão. Outro pulo do gato é ficar atento a programas de fidelidade. Juntando um determinado número de pontos, dá pra conseguir desconto em uma futura compra. Ainda não experimentamos, mas pretendo alcançar essa meta — diz a jornalista e roteirista Izaura Barbosa, de 52 anos, "caçadora de ofertas" do "Qual oferta", plataforma dos jornais EXTRA, O Globo e Expresso que reúne, no impresso e no digital, as melhores promoções de supermercados, drogarias e lojas de departamento de Rio e Grande Rio.

Leitores que adquirem e-books podem usar tablets ou smartphones para lê-los. A desvantagem, ressalta o professor da UFRJ, é que esses equipamentos contêm tecnologias generalistas, que não são dedicadas à leitura e, portanto, emitem muita luz para os olhos. A consequência disso é o agravamento de problemas visuais preexistentes e a perturbação do sono, principalmente para quem tem o hábito de ler à noite, antes de dormir, com a intenção de relaxar.

Ao comprar um e-reader, é preciso considerar se ele será utilizado para lazer ou trabalho. De acordo com Mário Feijó, caso o uso seja para atividades profissionais, o ideal é desembolsar um pouquinho mais e apostar em um modelo resistente, com durabilidade maior, e rápido, para fácil manuseio das funcionalidades. Se o objetivo for entretenimento, dá para levar para casa um aparelho mais simples e economizar alguns reais. Como os componentes dos leitores digitais são fabricados fora do Brasil, variações na cotação do dólar influenciam o preço dos produtos nas lojas.

— O que faz mais diferença no valor dos e-readers é a capacidade da bateria. Há pessoas que precisam usar o dispositivo na rua e não têm tempo de parar para recarregá-lo. Outras o utilizam em casa, com calma, o que as permite comprar um modelo mais barato, que necessita ser recarregado com frequência. O consumidor deve fazer uma boa pesquisa de preços, comparar a autonomia das baterias e pensar se vale a pena o dinheiro que vai gastar — aconselha.

Usuários de leitores digitais podem contratar serviços por assinatura que funcionam como uma biblioteca, com acesso ilimitado às obras do acervo: basta escolher um e-book disponível e fazer a leitura. Porém, na opinião do professor da UFRJ, esse tipo de investimento só é interessante para quem consome muitos livros.

— Também é importante olhar o catálogo antes de pagar pela assinatura, para ver se ele tem o que se deseja ler. Os brasileiros, normalmente, gostam de literatura nacional e regional, em português do Brasil. Às vezes, não se encontra isso em um serviço que é global. Já para quem quer ler em inglês, a adesão compensa, porque o acervo nesse idioma é enorme — assinala.
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