Feira livre ou supermercado? Saiba como organizar a lista de compras para economizar

17 de abril de 2020

Feira livre Foto: Gabriel de Paiva / Agência O Globo

Assinado por:  Camilla Muniz

Saber onde fazer cada compra é fundamental para manter o equilíbrio das contas

RIO - Em tempos de crise como o atual, em que economizar é palavra de ordem, saber onde fazer cada compra é fundamental para manter o equilíbrio das contas. Dependendo dos produtos desejados, montar uma lista para o supermercado e outra para a feira livre pode ajudar a diminuir os gastos com o abastecimento da despensa. A divisão permite ao consumidor aproveitar as melhores promoções oferecidas por esses comércios e garantir diversidade à mesa.

Nas feiras livres, hortifrutigranjeiros tendem a sair em conta, e ainda há a possibilidade de pechinchar para pagar mais barato. De acordo com o consultor de varejo Marco Quintarelli, nesses locais, produtos diferenciados e de momento — como frutas silvestres, folhagens orgânicas e temperos exóticos — custam menos do que no supermercado, onde são raros nas prateleiras. Como a procura por essas mercadorias é menor, grandes redes varejistas negociam poucas quantidades com fornecedores, o que eleva os preços para o consumidor final. Daí a vantagem de comprar de pequenos comerciantes, que conseguem adquirir e repassar os artigos por valores mais baixos.

— Normalmente, vou à feira às terças e aos domingos. Para comprar alimentos que não estão na época, vale muito mais a pena do que ir ao supermercado. Peixes e ovos caipira são itens frequentes na lista, assim como legumes, verduras e frutas. Há feirantes que realmente buscam produtos em sítios e fazendas. Dá pra perceber a diferença na qualidade. Sempre fico atenta às diferenças de preços entre uma e outra barraca. Além de poder escolher os alimentos, é comum eu ganhar um desconto ou uma frutinha a mais na sacola — diz a jornalista e roteirista Izaura Barbosa, de 52 anos, "caçadora de ofertas" do "Qual oferta", plataforma dos jornais EXTRA, O Globo e Expresso que reúne, no impresso e no digital, as melhores promoções de supermercados, drogarias e lojas de departamento de Rio e Grande Rio.

Para os supermercados, Izaura Barbosa deixa a lista que foca em artigos de higiene, limpeza e mercearia. Segundo Quintarelli, o ideal é fazer a maior parte das compras para a casa nesses estabelecimentos, nos quais o controle de qualidade e assepsia, principalmente em relação a alimentos, é padronizado. Frangos, carnes, peixes e queijos vendidos em feiras livres sem refrigeração não devem ser adquiridos, pelo risco de contaminação. Para economizar no mercado, a dica é utilizar os aplicativos dos varejistas, que dão vantagens exclusivas a clientes cadastrados, e ficar de olho nos dias das promoções — as redes têm um calendário semanal para aplicar descontos em produtos de determinada seção, como açougue e padaria. Quem não dispõe de tempo para ir a várias lojas deve mirar aquela que oferece melhor relação custo benefício e adquirir todo o necessário no dia em que os itens que mais pesam no valor da nota estiverem baratos. A mesma estratégia deve ser empregada nos pedidos de delivery, sobretudo durante o período de isolamento social por causa da pandemia de Covid-19.

A planejadora financeira Myrian Lund, da Lund Finanças, recomenda que, no início do mês, se limite uma quantia para gastos em supermercados e feiras livres. Dividindo o valor igualmente entre as semanas, fica mais fácil equilibrar as compras dentro do orçamento, sem prejudicar o sortimento e a qualidade dos produtos levados para casa.

— Se a pessoa definir que vai gastar 800 reais por mês com comida, são 200 reais por semana. Ela deve sair apenas com esse dinheiro e aproveitar as promoções. É importante também comprar a quantidade só para aquela semana. Com excedente, a tendência é consumir mais e desnecessariamente — afirma.

Olhar os encartes impressos ou digitais dos supermercados ajuda na pesquisa de preços e no planejamento doméstico. A montagem do cardápio semanal, inclusive, pode ser feita com base nas ofertas encontradas nos folhetos, indica Myrian Lund. Como a circulação do novo coronavírus requer esforços para fortalecer a imunidade, e a boa alimentação é uma das chaves para isso, vale a pena gastar menos com industrializados e priorizar ingredientes naturais nas compras.
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