Compra de motos: escolha do modelo ideal garante economia nos deslocamentos
10 de março de 2020
Assinado por: Camilla Muniz
Scooters e motos de baixas cilindradas são opções econômicas para quem quer rodar na cidade Foto: Roberto Dutra
Mais baratas do que carros, em relação tanto à compra quanto à manutenção, motos podem ser uma alternativa econômica para quem quer se deslocar sem depender do transporte público. Para garantir alívio ao bolso, a aquisição do veículo requer cautela, principalmente se o piloto estiver estreando nesse tipo de direção. Ter bom senso ao escolher o modelo da moto e fazer um planejamento financeiro para pagar a despesa são os principais cuidados a serem tomados.
O primeiro passo para garantir o melhor custo benefício é optar por uma moto adequada ao uso que será feito dela, diz o educador financeiro Reinaldo Domingos, do canal do YouTube "Dinheiro à vista" e presidente da DSOP Educação Financeira. Se a intenção é percorrer curtas distâncias no perímetro urbano, modelos de menor potência, com menos cilindradas, são interessantes por terem preço baixo e consumirem menos combustível. Motos mais baratas também são indicadas para quem vai comprar a primeira moto. Como o risco de tombos é maior nesse caso, devido à falta de experiência na condução, não vale a pena investir em um veículo caro. Para economizar, é preciso ainda pensar à frente e atentar para o valor das manutenções: peças de motocicletas de baixas cilindradas tendem a custar menos do que as de scooters. Se o objetivo for rodar em estradas e fazer viagens longas, é recomendável adquirir uma moto mais robusta: o gasto é maior, mas a segurança na pilotagem compensa.
Com o modelo da moto em mente, o comprador pode escolher um veículo novo, seminovo ou usado. De acordo com Domingos, que também é presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), motos zero-quilômetro desvalorizam de 10% a 20% no primeiro ano após a saída da concessionária, o que pode ser uma desvantagem financeira na hora da compra. Contudo, o proprietário tende a demorar mais para desembolsar dinheiro com manutenções. Motos seminovas e usadas acabam saindo mais em conta na aquisição, mas é necessário confiar na procedência do veículo e se certificar de que ele está em bom estado, para não ficar no prejuízo depois.
— O próximo passo é a pessoa ver que quantia ela tem disponível para dar à vista no pagamento. É importante não usar toda a reserva para comprar a moto. Se o valor do bem for igual ao que se tem guardado, é mais vantajoso usar uma parte na entrada e financiar o restante. Alguma reserva de emergência deve ser mantida — orienta Domingos.
Segundo o educador financeiro, adquirir a moto por meio de consórcios pode ser uma boa opção, principalmente para quem já tem um veículo e quer trocá-lo. Nesse sistema, o participante faz pagamentos mensais, sem juros, a uma espécie de poupança em grupo e pode ser contemplado com o bem em questão a qualquer momento, por meio de sorteio.
No planejamento financeiro, o interessado na compra da moto ainda deve prever gastos com itens de segurança, como capacete, luvas e calçados adequados para pilotagem. Caso o veículo seja zero-quilômetro, é necessário arcar com emplacamento, IPVA, seguro obrigatório e demais taxas do Detran. A despesa é de, pelo menos, R$ 1 mil. Se for usado, há o Duda de transferência e, caso preciso, a troca da placa antiga pela Mercosul.