Aula online em geral é mais barata que a presencial, mas vale a pena?
27 de abril de 2020
Assinado por: Camilla Muniz
Veja prós e contras da troca durante a pandemia
RIO - Dança, música, ioga, idiomas... Em diversos setores, cursos presenciais tiveram que ser transformados em aulas online quando a quarentena começou. Para os alunos que já se adaptaram à rotina de estudos pela internet, aderir definitivamente ao ensino a distância depois que o isolamento social for suspenso pode trazer economia, já que as mensalidades tendem a custar menos nessa modalidade. Trocar de categoria, inclusive, pode representar a saída para não precisar abrir mão da aprendizagem, caso a crise causada pela pandemia do novo coronavírus obrigue a corte de gastos. Antes de fazer tal opção, no entanto, é preciso ponderar prós e contras da escolha para o barato não sair caro.
A diferença de preços entre cursos online e presenciais se explica pelos custos menores para as escolas, a exemplo das despesas com a manutenção de uma estrutura física para as atividades. Um único professor pode lecionar para muito mais alunos pela internet do que dentro de uma sala. Além disso, uma vez gravada, a mesma aula pode ser transmitida a várias turmas, sem necessidade de refazer o trabalho.
As taxas mais baixas são apenas uma das vantagens para os estudantes, que economizam dinheiro de transporte e alimentação na rua ao não precisar sair de casa para aprender. Outro ganho é a flexibilidade: em geral, as aulas ficam disponíveis nas plataformas de ensino por alguns dias ou por tempo indeterminado, o que permite acesso ao conteúdo no horário mais conveniente e quantas vezes for necessário, sem cobranças adicionais.
Na opinião do professor de Finanças do Ibmec RJ Nelson de Sousa, a adesão ao ensino a distância vai aumentar após a pandemia do novo coronavírus, e escolas que não se adequarem a essa realidade perderão espaço no mercado. Para garantir um bom investimento, o aluno deve, em primeiro lugar, se certificar de que a instituição ou o profissional que oferece o curso online têm boas referências.
— Esse cuidado diminui o risco de a pessoa pagar por algo e não levar — diz Sousa.
Ter disciplina para acompanhar as aulas pela internet também é requisito para evitar que o barato saia caro. Como a modalidade é flexível, o perigo de deixar tudo para depois é maior, o que pode levar o aluno a perder conteúdos e acabar jogando dinheiro fora.
A desvantagem das atividades online é a restrição de contato com o professor. Por isso, se o curso escolhido envolver a prática de exercícios físicos, o ideal é optar por um plano no qual o estudante pode ser visto pelo profissional, para eventuais correções de técnica e postura durante a execução das tarefas, recomenda o professor de Finanças do Ibmec RJ Nelson de Sousa.
A administradora Thaissa da Silva Santos, de 29 anos, tem aproveitado a quarentena para fazer aulas online gratuitas de treinamento funcional. A experiência vem sendo tão boa que ela pensa em comprar um pacote de treinos pela internet para dar continuidade às atividades quando o período de isolamento social terminar.
— Eu estava parada há muito tempo, e essas aulas me estimularam a voltar a praticar exercícios. Estou analisando a possibilidade de me matricular em um curso online que está com desconto. Pesquisei os preços e vi que fica bem mais em conta do que contratar um personal trainer para me acompanhar na academia, até porque posso fazer tudo em casa — diz a integrante do time de "caçadores de ofertas" do "Qual oferta", plataforma dos jornais EXTRA, O Globo e Expresso que reúne, no impresso e no digital, as melhores promoções de supermercados, drogarias e lojas de departamento de Rio e Grande Rio.