Volta às aulas online: saiba como escolher o notebook com melhor custo-benefício
13 de janeiro de 2021
Assinado por: Stephanie Tondo
Apesar da virada do ano e do início da vacinação em muitos países, a volta às aulas no Brasil em 2021 não será tão diferente de 2020. Com a Covid-19 fazendo novas vítimas a cada dia, as escolas continuarão adotando as aulas online por enquanto, e ter um computador em casa para que as crianças e adolescentes acompanhem as lições se torna cada vez mais necessário.
Para quem pretende comprar um notebook este ano, é importante ter em mente qual uso será feito do aparelho, para evitar gastos com funcionalidades e características desnecessários e que acabam encarecendo o modelo.
Professor de Engenharia de Computação do Ibmec/RJ, Victor Machado aponta que o primeiro passo é considerar a idade do aluno e como o computador é usado nas aulas.
— Crianças mais novas não precisam de tanto poder computacional. Hoje existem notebooks construídos para funcionar apenas com internet, como se fossem um smartphone. São os chamados chromebooks, que têm um bom custo-benefício para usos mais básicos — explica.
O engenheiro ressalta, porém, que crianças mais velhas, pré-adolescentes e adolescentes em geral precisam de um computador mais robusto, que suporte o acesso a plataformas de streaming, vídeos em alta resolução e games.
Em alguns casos, Victor Machado ressalta que pode valer a pena investir em um notebook melhor, que dure mais e atenda às necessidades do aluno em termos de estudos, mas também de lazer.
— Um processador melhor, como iCore 5 ou iCore 7, vai dar uma longevidade maior para o notebook, mas não é essencial, principalmente porque tende a encarecer muito o produto. Um processador iCore 3 já oferece uma capacidade de processamento relevante, e ainda tem uma relativa longevidade — afirma.
Como escolher um notebook
Entre os fatores que devem ser considerados na hora de comprar um notebook voltado para aulas online estão a qualidade da webcam e o tamanho da tela. Para Machado, também é importante buscar um modelo que tenha autonomia de bateria para três a quatro horas, pelo menos, caso o aluno precise assistir às aulas e realizar as atividades em um local que não tenha tomada.
— Ter um HD de 500 GB já é suficiente, e não acho que seja necessário ter um SSD (um componente de armazenamento), que normalmente é usado para trabalhos de processamentos gráficos. Uma memória RAM a partir de 4GB é suficiente para navegar na internet, redes sociais e acessar aulas online, além de softwares mais leves, como pacote office — observa o professor.
Segundo ele, é possível encontrar modelos adequados para estudantes por cerca de R$ 3 mil. Para crianças menores, o chromebook custa em média R$ 1.500.